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sábado, 20 de junho de 2015

REJEIÇÃO


Embriagada, perseguindo uma saudade,
Um luar tragando, a imensa dor no peito.
Ausência compondo, uma continuidade.
Redimindo, depois, recriando novo feito.

Os traços aparecem contidos, em tudo.
Quando, em solidão, referindo  retrato.
Pensamento vagando, o passeio mudo.
Ausentada e contida, rejeição do tal fato.

A esquina silenciosa, também acomoda.
Um punhado de vozes, como sensações.
Convertendo pessoas, numa fala de roda.
Transeuntes, trafegam em conversações.

Em frases estendidas, soltas das vozes.
Componho, contudo apenas um  assunto.
Como ventanias, dialogando tão velozes.
Armando sozinha, como voarmos juntos.

Enquanto estudo, um  traçado caminho.
Sonhado compor, erigindo nossa alegria.
Porém  ainda, o  meu coração tão sozinho.
Rejeita  propriamente, a minha companhia.


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