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terça-feira, 23 de junho de 2015

PÁGINA

Decifro beleza, dormente esquina.
Janelas do olhar, desfila na calçada.
Quando escondida, sob a madrugada.
Pintura leve, emoldurada a retina.

Estrelas ligeiras, pirilampo rente.
Emoções astutas, confusas em torpor.
Assim desenhadas, as nuances do amor.
E me resguardo, muito, e displicente.

Minhas reviradas, páginas inteiras.
Decididamente, incorporadas emoções.
Livres desertas, acordadas comunhões.
Ponta aguçada,tua imagem ligeira.

Desvenda palavras, em eterna ação.
Insuflando em mim, tanta diferença.
Um temor atroz, desanuviada crença.
Página escrita,dentro do coração.

Ventos tórridos, inesquecível verão.
Espalharam fagulhas, tua ausência.
Acostumada em tua conformação.
Constantemente, retornada eloqüência.

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