Dirceu,
se tu soubesses, tanto, quanto!
O meu
coração,longínquo,te esperou.
Resvalando,
sobre a relva, meu pranto.
Como
uma cachoeira tímida, desaguou.
Doces
cartas,pastoris,poéticas, e tantas.
Revelando
ao nosso amor, lindo sonho.
Em
páginas amareladas, ainda encantas.
Enquanto
lastros dolentes, eu componho.
Devidos
corpos, mar e ilha, livres, porém.
O
nosso amor, desviscerado, da emoção.
Parecendo,
contudo, desertada alma tem.
Quando
nos buscamos, verdade em fusão.
Eu
Marília, eternamente,e enclausurada.
Pela liberdade,a
adolescente de Dirceu.
Aguardando
uma vida, em uma estrada.
Sob
uma tocha mitológica, de Prometeu.
Estouradas
pedras do cárcere, e ruídas.
Escrita
história, e rolando pelo barranco.
Jamais,
aquela Marília, antes destemida.
Também
não exibe, antigo sorriso franco.
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