RENTES

Sombria tarde, o meu acalanto sincero.

Apenas, as minhas sensações, repassando.

Tendo presente, o que aguardo e quero.

Enquanto o dia, numa esquina virando.

Em sois oriundos, dos sonhos explícitos.

Enquanto  buscara, numa compreensão.

Compondo assim, momentos  mais lícitos.

Escapulindo numa via, tendo  única mão.

Reencontrara, todos os meus sentimentos.

Porém revestidos, como a nova roupagem.

Modificando então, séculos ou  momentos.

Contudo ensinando, como seguir a viagem.

Uma tarde fechada, numa cidade inquieta.

Recompondo  inverno, dentre a primavera.

Meu  coração testemunhando, ainda veta.

Uma esperança miúda, que comigo viera.

Um vento apoucado, minhas roupas rentes.

Colando meu  corpo,lambendo os cabelos.

A alegria experimenta, realizações latentes.

Como agulha singrando, desfazendo novelo.