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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

QUANDO O NINHO ESFRIA


Pássaros alçam voos cortando  vento.
E suas asas ficam, mais fortes também.
Asas sem limites, soltando pensamento.
Sofrendo, velando, pelo amor que tem.

Quando o ninho esfria, convém voar.
Compreensão eternizando, num calor.
As palavras não ditas, ficando no ar.
Mas, no coração, permanece o amor.

Já nem carecido tanto, um carinho.
Sendo em si, sempre uma fortaleza.
Longe ,bem longe, arruma um ninho.
E vez em quando, dá asas a tristeza.

De amar somente, como uma brisa.
Quando solta e fria aparentemente.
Enquanto a saudade, veste a camisa.
Comumente arremessa, os voos rentes.

Assim, te amei, de um jeito singular.
E no silêncio, escasseou voz ao amor.
Quando tanto, e tão só, tentei te falar.
Mas um descaso, casou-me com a dor.

Originária afeição, e jamais fenece.
Visto, tão abastada, quanto morosa.
Quando novo ninho, sujeita e aquece.
Silenciado no amor, estação rigorosa.

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