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sábado, 3 de dezembro de 2016

REDUTO DO POEMA

Eu quero morar, num recanto.
 Onde caiba, a minha solidão.
Reduzindo-me, a um encanto.
E desvendando, pura emoção.

Mostrando a lua, com os dedos.
Vou dedilhando, uma serenata.
Entre priscas, partitura, enredos.
 Tanto nutrindo, enquanto mata.

Andar pisando,  em brandura.
Como num plumário, flutuante.
Contemplando a neve, a alvura.
Escapando,de um sol escaldante.

Trançar as belezas tranquilas.
E marejadas, de minha paixão.
Contando palavras, esculpi-las.
Depois, vendendo uma emoção.

Arquitetar, um centro de ética.
Dentre a tal morada, saliente.
Desenhada, uma vida poética.
Espalhando, pela minha gente.

Como um teto, bem pontiagudo.
Fintando uma tal, dor lancinante.
Então um poema, que cura tudo.
Mantendo um reduto, doravante.

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