Eu
quero morar, num recanto.
Onde caiba, a minha solidão.
Reduzindo-me, a um encanto.
E
desvendando, pura emoção.
Mostrando a lua, com os dedos.
Vou dedilhando, uma serenata.
Entre
priscas, partitura, enredos.
Tanto nutrindo, enquanto mata.
Andar
pisando, em brandura.
Como num plumário, flutuante.
Contemplando a neve, a alvura.
Escapando,de um sol escaldante.
Trançar
as belezas tranquilas.
E
marejadas, de minha paixão.
Contando palavras, esculpi-las.
Depois,
vendendo uma emoção.
Arquitetar, um centro de ética.
Dentre a tal morada, saliente.
Desenhada, uma vida poética.
Espalhando, pela minha gente.
Como um teto, bem pontiagudo.
Fintando uma tal, dor lancinante.
Então um poema, que cura tudo.
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