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quinta-feira, 4 de maio de 2017

ASSIM AGUARDO


Chuva ligeira, as minhas palavras escrevem.
Assim derretidas, como num lançado serão.
Poemeto livre , apenas uma diluída alusão.
Liquefação, tão morna, enquanto tão breve.

Para janela, sempre num mundo ausente.
Chovendo rente, dentre meu pensamento.
Riso nebuloso, regando nuvem, ao vento.
Assim  aguardo, assim tão feliz, e contente.

Comumente, em límpida, reluzente vidraça.
Reflito a mesma deitando, e assim levanta.
Sentindo uma saudade, presa na garganta.
Ecoando, num dia, pois num dia, isso passa.

Olhos miúdos, nos olhares, chovem também.
Estrelas meninas,brincando no céu, levantam.
Sementes espalhadas, assim colhem,plantam.
Quanto á chuva, esta certamente, sempre vem.

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