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quinta-feira, 31 de maio de 2018

DISRITMIA

Atraente amor, provocante de tanta atração.
Conivente com a saudade, amiga da solidão.
Dentre águas cristalinas de minha memória.
Qualquer coisa imbuída versando uma glória.

Porque pretendes provocar uma dor assim?
Controlando  meus impulsos dentro de mim.
Eu inquieta, esperando á janela a multidão.
Quando, regado á distância mantido tu então.

Atraente amor, sem palavras, tu contaminas.
Minhas arestas, repudiadas, tão repentinas.
Instituindo contudo, o descumprimento  vital.
Reprimindo as minhas lembranças, para tal.

Atraindo minha dor, segues assim contente.
Distraído julgando amar, fere e nunca sente.
Atraente amor, contudo siga em harmonia.
Eu, coração melindrado, em plena disritmia.

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