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segunda-feira, 9 de julho de 2018

AMOR DE NINGUÉM

Recolhido em paz, abraço alastrado.
Amor  segue  seguindo,  lado algum.
Arremate solícito, um borrão debrum.
Anseio confuso, num amor abastado.

Jamais afagado ,tampouco abdicado.
Clareando sustento, escreve vivência.
Complexo e simples, como  inocência.
Revidado acúmulo, do perfeito legado.

Amor de ninguém, só o amor atirado.
Sombrias imagens , período advindo.
Página antiga, em um livro se abrindo.
Alterada e puída, afrontando passado.
.
Amor sem tempo,a  ausência confessa.
Como arroio selvagem, o vale escoado.
Leite de Terra, no seio tristonho alterado.
Água poluída, quando a ponte atravessa.

Amor de primavera, amor só de flores.
Sincero, leal, ausente da  imaginação.
Luz embaçada ,convocando libertação.
A Terra ferida, por ausência de amores.

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