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terça-feira, 21 de novembro de 2017

REMÉDIO

 Canção, vento varrendo folhas.
Secadas e mútuas entre nós...
O coração tem peso de rolhas.
Porém a tristeza, incômodos pós.

Atiçado sentimento tardio.
Uma canção, soprada de leve.
Causando na pele arrepio...
Um triste verão, em plena neve.

Canção inoculada na essência.
Tomando toda a constituição.
Remédio em dupla consistência.
Incapaz de curar,desordenação.

As folhas varridas parecem.
A fragilidade do tempo imposta.
Nossos limites sempre crescem.
Contudo o amor, ainda arrosta.

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