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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

DESPEDIDA

Encontros de rios, nuvens condensadas, esvaídas.
Direcionando, insuflando a alma, retomar o posto.
A vida afagando o sonho, como pérolas derretidas.
Nas semelhanças liquefeitas, no amargo do gosto.

As lágrimas traem, em momentos, tão indevidos.
Rolando soltas, acenando as  últimas esperanças.
Garoa abluindo flexão da íris, e momentos doridos.
Flancos serenos, anseios diluídos, águas mansas.

Céu, moldado chorar, calmo e intempestivo, chora.
Lágrimas, fintando enxurradas, também inundações.
Cortinas abrindo, um arco íris, que abraçando aflora.
Como uma despedida, vestindo tantas recordações.

Vagarosamente, junção de rios, lágrimas  banharem.
Enquanto assim, nossa despedida, soando silenciosa.
Semelhando dois rios, secando os leitos, e separarem.
Uma tempestade fluindo, causando a lágrima dolorosa

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