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segunda-feira, 28 de maio de 2018

PERSIANA

Tarde cansada refletindo na vidraça
Piscando  sonolenta natural do céu.
Um arco íris cobrindo como um véu.
Vindo aleitando  asfalto, como graça.

Gumes em lidas, assim, se chocam.
Mas, mansidão, apascenta melodia.
Letárgica magia, e espremida euforia.
 Que vem de onde, mistos se alocam.

Homens também enfadados, e tristes.
Acelerados, em suas máquinas jazem.
Vozes de escombro, um barulho fazem.
Um som de saudade, meridiano insiste.

É simplesmente  uma demonstração.
Enquanto, e todo dia, todos enfrentam.
Quando ostentação, outros aparentam.
 Um simples mortal, e sua dura missão.

Sem olhar para trás, entardecido segue.
Caminho permanente, entre ocupados.
Enquanto sancionadas leis, os alienados.
Trabalhadores, estes, Deus que os regue.

Uma persiana permitindo uma intimidade.
Focando avenida, na tarde acorrentada.
Correndo e constantemente, está parada.
Enquanto, acendem, as luzes da cidade.

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