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sábado, 19 de janeiro de 2019

FOCO


As nossas vitórias de amor, destemidas.
Fumaças virando nuvens, tão esvaídas.
Céu vazio sem  poesia, estrela apagada
Minha alma agora, sem  afeto, sem nada.

Os ventos incólumes, perpassando tudo.
Esboçando uma forma, teu retrato mudo.
Estrelas perdidas catando constelações.
Os passeios solitários, revendo  visões.

As melodias no pensamento pousadas.
Tentativa evitando, tais dores formadas.
Calor esfuziante, compondo desconforto.
Uma linha traçada, rumando para o porto.

Minhas mãos vazias, e o coração cheio.
Uma morte, uma vida, partidas ao meio.
Meus sonhos dormindo desacordados.
Caçando, focando nos tempos passados.



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