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sábado, 4 de janeiro de 2020

QUERIDO CORAÇÃO

Olhar, onde paira razão, de minhas voltas.
Aniquilando minhas decisões, mais precisas.
Apagando assim, dos melindres, as escoltas.
Repudiando um sentimento, tão sem divisas.

Partindo para longe, mil vezes, em cada dia.
Em que passei te amando, como uma insana.
Tendo mesma sensação, transbordante, vazia.
Como  pássaro perdido, em paisagem plana.

Deixando recados, nítidos bem aperfeiçoados.
 Em intensas determinações, mas enganadoras.
Vira diante á cintilações, meramente agitados.
Me acomodar fracassos, decisões reparadoras.

Congelara  as saudades, por sempre querer.
Em altivez, o intento, de friamente disfarçar.
Porém, sempre as mesmas, que vira  derreter.
Granizo espalhado, em labaredas a crepitar.

Construíra meus castelos com os pedregulhos.
Como uma fatuidade, certa e arrebatadora.
Contudo, evaporando meus frívolos entulhos.
Quando no coração, a vitória  esmagadora.

Adotara  canções, as mais diversas possíveis.
Como a praticidade, exclusivamente surreal.
Querido coração, que em razões irredutíveis.
 Poeticamente aludindo, um amor sem igual.

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