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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

LAREIRA

Uma obediência livre no sombreado leve.
Com acuidade extrema , assim mantenho.
A ampla cercania, entardecendo na neve.
Um transverso visto, como doce empenho.

As expressões sinceras, invernia gelando.
Disfarçada a lágrima, como  uma verdade.
Minha noite surgindo, o teu dia chegando.
E vão se cruzando, na tal palavra saudade.

Decodificada, qualquer expressão abraça.
Então no raro sorriso, um fortuito encanto.
Elo fascinante, mesmo se a neve embaça.
Largado e sumido, numa voz de acalanto.

Arrefecido sentimento, como uma lareira.
Uma fumaça de luzes, delineando devagar.
Angariado meio, quanto felicidade inteira.
Porque incidida, na envergadura de amar.

Quando dia vingando, no lustro presente.
Entre imagens, entre adágios, ante a luz.
Terminado sopor, como constantemente.
Então um sol  acende, e tanta vida induz.




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