Quando
de ondas se veste, diante da tarde.
Querendo
te trazer, no barulho das quedas.
Finjo
que nem sinto, nem vejo esse alarde.
Que
ao meu coração, sem querer enredas.
Que
se esparrama solto, livremente e vai.
Onde a
maresia, desproporcional
estende.
Uma
melodia silenciosa,e ruidosamente sai.
Desse mistério todo, encantada me prende.
Que
aos olhos, me passando
sensações.
Quando
chegam, tocam coração
devagar.
Essas
águas plácidas, em arrebentações.
Deixando
meu sonho, sobriamente delirar.
Mar
parado, assim, longínquo despede, vai.
E
um navio aportado, saindo vagarosamente.
Eu, feito marinheiro , minha alma viaja e sai.
Morta
desta saudade,
por quem nem a sente.
E
os dias me banhando, vestindo respingos.
Com
olhar pendido, enquanto um entardecer.
Sonhos
voando como os voadores flamingos.
Que
tristes triscam,
tentando um sobreviver.
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