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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

LENTO

Frágil altivez,contenção rudimentar.
Assim, como tempo, destemido alvor.
Encrespa as mágoas, o vento  soprar.
Campeia, o porto lento, o  arpoador.

Denso luzeiro em aço, retinido porte.
Vela um brilho, para a rua enfeitar.
Raios incandescentes, do breu o corte.
Deita sempre na noite, a espreguiçar.

Quais dedos cálidos, dedilham nuances.
Corando nuvens, depois as esparramam.
Dando ás esperanças, as novas chances.
Colorindo sonhos, destemidos inflamam.

Debruados toques, expressar saudade.
Uma serenata estridente, um fio de voz.
Vai deslizando, envolvendo na cidade.
Galgando nas asas, de um vento veloz.

Espreme palavras, em brancos versos.
Dedica ao amor, soletra  bela canção.
Busca resgatar afins, também dispersos.
E por fim se aloja, em qualquer coração.

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