ETERNIDADE

Meu amor,escreva tua solidão,bem distante.

Como as dunas frias, como os ventos vazios.
Eu serei o teu deserto,teu deserto ambulante.
Espalhando pelo teu corpo,areias e arrepios.

Jamais compare alguma coisa,com o amor.
Seguindo em frente,vá sem sequer repensar.
Quando inusitado, o simplesmente tem valor.
Um segredo atiçado,e depois do desvendar.

Tuas mãos tão seguras,segurando as minhas.
Passáramos pelas ruas,nossas marcas fluindo.
Quantas felicidades,escrevêramos nas linhas.
Tão esvoaçantes,castelo de pedriscos ruindo.

Um caminho sempre aponta,o designado fim.
Mas,eu quisera sempre, contigo permanecer.
Como uma retaguarda,guardando o estopim.
Acendendo antiga chama,vindo o vento ater.

O vento carrega segredos,espalha os ruídos.
Entretanto,jamais apaga,nossa linda história.
Fazendo redemoinhos,afogando os gemidos.
Enquanto eternidade,trazendo  amor á glória.