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domingo, 10 de junho de 2018

INÚMERAS VEZES

Essas nuvens vaporosas e passageiras.
Quase escondendo  do mundo calvário.
Varando , pedras rochosas ,tão ligeiras
Paisagem guardada dentro do relicário.

Desenhando formas inúmeras e tantas.
Imagens tão nítidas, também disformes.
Rendado leve, tecido  por  mãos santas.
Acolchoando um abrigo, seus adornes.

Esboço desmesurado,  azulado incrusta.
Viajando agora, somente minha emoção.
Por inúmeras vezes, voltar sempre custa.
Perpassado   pensamento, dando vazão.

As nuvens percorrem o céu, delicadas.
Quando recuando os sonhos rendados
Cedas finas, transparências costuradas.
Nas mãos silentes do vendaval soprado.

Desenhando nuvens uma paz formada.
Representando um castelo de  algodão.
Caindo levemente esvaecem espalhadas.
Como encanto maior, dentre meu coração.

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