O teu retrato,
de fato,
ficou
na estante, livre exposto.
Enquanto
eu, apurando
os fatos,e olhando teu
rosto.
No momento,
nenhuma história, nem nós, nem nada.
Pensamento, os detritos de glória,
lágrima embotada.
Ruas, dobrando esquinas,como papéis desbotados.
A tecida rede, ponto por ponto, todos desmanchados.
Teu retrato na minha estante, domina meus instantes.
Nem a
mim relato, aforismo calado, atritos constantes.
Permanecida calada, toda razão, perdida num caminho.
Nenhuma palavra mais delicada, então,nenhum carinho.
Tão só, em meio uma multidão, carregando apenas dolo.
Milênios de solidão, quanta insensatez,num coração tolo.
A lua, prateada ternura, sempre aparecia, e escondida.
Desembrulhando
candura, permanecia, mas diz a vida.
Carecida mudança, levando tralhas, devagar vai apagar.
Não há, emoção que valha, tal insistência, em carregar.
A tua
distância faz rios subirem montanhas, pelo avesso.
Nem
em face de decepções tamanhas, o tamanho preço.
Vendo
a
noite vindo agora, andando o dia, desatando nó.
Pessoas amotinadas lá fora, eu ainda, permaneço tão
só.
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