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terça-feira, 21 de julho de 2020

POR FAZER

Eu sou aquela saudade, aquela pura emotividade.
Carregando-te pela vida afora, por todas as ruas.
Empunhada á tua mão, presa ás lembranças tuas.
Evadidas lembrança, mas trocadas pela saudade.

Eu sou o que nunca fora realmente, em teus dias.
Olhando, para um horizonte qualquer,eu te vejo.
Esvaziando minhas alegrias, ante mortiço desejo.
Pois este ,agoniza lentamente, mediante afazias.

A continuidade por fazer, nada para mim, pinta.
Todos os jardins varridos, pelo vento, e pela brisa.
Algum germe eu angario, quando a flor ameniza.
Inoculada na terra, tua perpetuação, ainda sinta.

Inoculada num eterno pensamento, o descontinuado.
Revisando mil páginas escritas, mil páginas amarelas.
Constituíram felicidade plena, ruborizes pintados nelas.
Doravante simplesmente consta, um silencioso passado.

Tornáramos equivalentes, e desprovidos das crenças.
Que pudera entre nós, surgir um murmurar qualquer.
Somos dois estranhos, dois solitários, homem e mulher.
Vagando pelo mundo, assim, acumulando desavenças.

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